Guedes “congelamento de salários é fundamental”

Nesta semana, Paulo Guedes voltou a falar sobre o congelamento dos salários dos servidores. A PEC emergencial atualmente é o maior trunfo do governo frente a economia de gastos que eles apontam como extremamente necessária.

O pronunciamento de Guedes sobre o assunto foi durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Este afirmou que com a PEC sendo aprovada e a iniciativa de congelamento permanecendo por dois anos, a condição fiscal do país poderá ser controlada.

Problema resolvido o país cresce

“Num país que cresce 2%, 3%, 2,5% este ano, e tem inflação de 4%, as receitas crescem 7%, quase 8%. Em dois anos, é um pouco menos de 20% em receitas crescendo. Então se você congela a conta de salários por um ano e meio, ou dois anos, desaparece (o problema). A situação está controlada”, relatou Guedes durante seu discurso, em inglês.

Guedes ainda afirmou que, esta alternativa do governo é uma espécie de “shutdown” à brasileira para resolver a crise fiscal.

A proposta orçamentária deste ano já não apresentava reajustes salariais para os servidores, com exceção dos militares. Membros da equipe econômica do governo vêm afirmando de forma incessante que, não há espaço no orçamento para reajustes salariais em quaisquer outras categorias.

Como já apresentado em artigos anteriores, o foco da PEC emergencial é acionar gatilhos de ajustes, em momento que quaisquer esferas do governo atingirem a regra de ouro.

Deste modo, fica proibida promoção de funcionários públicos, realizar reajustes salariais ou criar novos cargos, dentre outras ações.

Em sua argumentação Guedes chegou a citar a reforma previdenciária e a redução dos gastos com o serviço da dívida, como outras estratégias para conter despesas. Ambas foram implementadas ano passado.

De acordo com Guedes, a estratégia de redução do serviço da dívida fez com que o governo economiza-se 100 bi de 2019 para 2020.

O ministro ainda afirmou que a estimativa de crescimento na economia do Brasil para 2020 é de 2,5%. De forma oficial, a estimativa do ministério da economia neste momento é uma alta de 2,4% para o PIB em 2020.

Guedes afirma ter cartéis no Brasil.

O ministro considerou que a desigualdade no Brasil resulta na falta de oportunidades igualitárias, primordialmente na educação. A falta de competição econômica também é grande, destacando a existência de cartéis no país.

“No Brasil, 200 milhões de pessoas têm que comprar serviços de construção de seis empresas. Têm que ter serviços bancários de seis bancos. Então, cartel aqui, cartel lá, cartel em todo lugar explorando 200 milhões”, afirmou.