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Geral 2 de fevereiro de 2022

Bolsonaro conjectura reajuste a servidores somente em 2023

Em nova entrevista realizada à TV Record nessa segunda-feira 31, Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal deverá realizar o reajuste salarial de todos os servidores “com percentual bastante razoável” no Orçamento de 2023. A declaração se fez devido a polêmica levantada após a intenção do governo de conceder aumento salarial apenas a servidores da área da segurança. Funcionários de diversos setores se mobilizaram e ameaçam entrar em greve.

“Tendo em vista que devemos ter uma excelente arrecadação este ano, por ocasião da feitura do Orçamento de 2023 nós vamos atender com percentual bastante razoável todos os servidores do Brasil”, afirmou o presidente.

Porém existe um impedimento para conceder um reajuste em 2023. Isso porque há uma alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) feita durante o período do próprio governo proíbe qualquer ato que resulte em aumento da despesa de pessoal após o fim de um mandato — mesmo que o titular possa se reeleger.

Nesta terça-feira, Paulo Guedes, ministro da Economia criticou o governo anterior de Michel Temer pela autorização de reajustes ao funcionalismo que tiveram que ser pagos pelo governo  atual e classificou essa medida como “muito irresponsável”. “Um governo não pode condenar o governo seguinte a dar um aumento de salários. Isso é absurdo”, disse o mesmo em uma conferência organizada pelo Credit Suisse.

Jair Bolsonaro participou de solenidade no Porto do Açu, em São João da Barra, Goytacazes. Marcado por objetivo político, o evento contou com a presença dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho. Eles se aproximam do mandatário mirando nas eleições de 2022. O tom eleitoral também se fez presente na entrevista à Record.

“Deixei bem claro em 2020, quando o mundo teve conhecimento da covid-19… O ex-presidente da Câmara (Rodrigo Mais) queria um corte de 25% no salário de todos os servidores federais. De nossa parte, nós achamos que congelando por dois anos seria suficiente”, afirmou. “Os informais foram pra lona, mais de 38 milhões de pessoas. Os com CLT, muitos tiveram que negociar com o patrão, com a ajuda do governo, para que não perdessem seus empregos. Reconhecemos o valor de todos os servidores públicos, mas eu peço a eles que, por favor, entendam a situação que o Brasil ainda atravessa. Muitos perderam o emprego e muitos tiveram seus salários reduzidos; os servidores não tiveram.”

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