Representantes dos Servidores Federais Civis (SIAPE), estão se preparando para apresentar uma proposta de aumento salarial ao governo na próxima semana. Na quinta-feira (4/1), houve uma reunião do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), que representa os trabalhadores do governo. Na reunião, os funcionários rejeitaram a proposta enviada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos no final de dezembro. A proposta do governo, na prática, congela os salários dos funcionários federais este ano e promete aumento apenas em 2025 e 2026.
“É inaceitável congelar os salários este ano e prometer aumento nos dois anos seguintes. O governo pode aumentar os salários já em 2024, e vamos lutar por isso”, disse Rudinei Marques, presidente do Fonacate. No final de 2023, o governo propôs um aumento de 9%, a ser pago em duas parcelas em maio de 2025 e maio de 2026.
A insatisfação aumentou nos últimos dias devido aos aumentos concedidos a algumas categorias, especialmente à Polícia Federal (PF) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF). O aumento para as forças de segurança foi visto como um gesto político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para eleitores ideologicamente alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso gerou pressões de outras categorias, como professores e agentes ambientais.
Nesta semana, aproximadamente 1.200 funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fizeram uma paralisação, buscando valorização e reestruturação das carreiras. Em 2023, entidades apresentaram propostas pedindo gratificação por atividades de risco e indenização por trabalhar em locais desafiadores. Sem suas demandas atendidas, os agentes ambientais pararam nesta semana. Mais de 5.5 mil auditores fiscais da Receita Federal também estão em greve desde novembro, e já se fala em uma possível greve geral para chamar a atenção do governo Lula, que alega falta de recursos para atender a todas as categorias.
Reajuste nos auxílios