Turismo / Viagens 11 de março de 2018
Para quem tem medo de viajar de avião, vale ouvir música, falar com quem está ao lado e até ler livros proibidos para crianças; veja dicas e evite o sufoco:
E tenha tempo suficiente para comer algo e passar pelo check-in. A pressa pode aumentar o nervosismo. Aproveite a antecedência e reserve um assento na frente do avião, onde há menos ruído e turbulência.
A psicóloga Andrea Sebben conta que medo de voar é disparado por pensamentos catastróficos, sem relação com a realidade. Para afastar a ideia de que o piloto vai enfartar em pleno voo ou de que uma das turbinas vai simplesmente cair no momento da decolagem, lembre-se: a probabilidade de você estar em um acidente de avião com mortes é de uma em 8,47 milhões. Ou seja, é mais difícil do que você ganhar na Mega-Sena acumulada fazendo apenas dez jogos (uma em 7 milhões).
Ouça música, faça palavras cruzadas, leia um livro. Foi assim que um dos pacientes da psicóloga Andrea esqueceu completamente do medo de voar por 1h30. Durante um voo Porto Alegre-São Paulo, muito tranquilo.
O paciente em questão não se orgulha de ter comprado O Doce Veneno do Escorpião, da ex-garota de programa Bruna Surfistinha, na área de embarque, mas admite que as peripécias sexuais da moça lhe tiraram a atenção das turbulências. Fica a dica.
Andrea diz que os tranquilizantes são bem-vindos nessas horas. O administrador de empresas Roberto Monteiro, por exemplo, só os toma em voos com mais de duas horas de duração: “Os voos curtos não são mais tranquilos, mas, quando eu tomo, durmo e perco o desembarque.
É por isso que fazer uma ponte Rio-São Paulo pode ser mais tenso do que uma ida à Europa”, diz Monteiro. Ele ressalva, entretanto, que é preciso consultar um médico e não sair se automedicando por aí. “Passei num psiquiatra e me consultei antes de tomar”, diz.
Conversar durante o voo pode aliviar a tensão e render bons contatos, mas certifique-se de não ser inconveniente. O bate-papo pode até despertar outros sentimentos, que não o medo, como na canção de Belchior: “Foi por medo de avião/que eu segurei pela primeira vez na tua mão…”
Se o medo interferir demais ou até atrapalhar sua vida pessoal, é porque ele já virou fobia. O melhor nesses casos é pedir ajuda profissional. A psicóloga Elvira Gross, autora de Avião: Viaje sem Medo e dona do site Polaris afirma que não é preciso mais que dois meses e meio (ou dez sessões) de terapia para obter resultados em um tratamento contra a fobia de voar.
Seus grupos de trabalho, de até seis pessoas, aprendem técnicas de relaxamento e de controle da ansiedade, sabatinam um piloto de avião, visitam uma aeronave real para aprender como ela funciona e como é feita sua manutenção e, perto da alta, pilotam um simulador de voo e fazem até uma viagem (com um avião de verdade, claro) juntos.
Agradecemos pelo acesso ao nosso Blog e desejamos um ótimo domingo à todos!
Boa viagem e boa semana!
🙂
Fonte: Viagem e Turismo Abril