Rodrigo Pacheco, presidente do senado adiou a votação da PEC dos Precatórios no plenário para as 9h desta quinta-feira. Esse foi o segundo adiamento consecutivo. A votação seria realizada originalmente no ultimo dia 30, mas a base do governo vem encontrando dificuldades em garantir os votos necessários para aprovação. A PEC abre espaço para o pagamento de R$ 400 aos beneficiários do Auxílio Brasil (substituto do Bolsa Família) para aproximadamente 17 milhões de pessoas durante o ano de 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará sua reeleição. Porém, o número de beneficiados pode ser maior conforme a MP que criou o Auxílio Brasil. Segundo levantamento, o benefício seria concedido a 20 milhões de famílias. A MP foi aprovada na Câmara no fim de novembro.
Para passar no plenário, a PEC precisa de 49 votos dos 81 senadores, em dois turnos. Caso seja aprovada, a proposta ainda retornará para a Câmara, para uma nova votação em dois turnos. Na terça-feira, a PEC já havia sido aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, por 16 votos a 10. Para conseguir os votos necessários no plenário, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da proposta, manteve nos últimos dias negociações com parlamentares da oposição e independentes.
PEC vai bancar novo programa social
Defendida pelo governo atual, a PEC dos precatórios altera uma série de regras para o pagamento desses títulos e controle de gastos. Um dos objetivos é ter uma ‘folga’ de R$ 106,1 bilhões no orçamento de 2022, o que viabiliza o Auxílio Brasil de R$ 400. Para que isso aconteça, a PEC traz duas mudanças principais. A primeira mudança permite o adiamento do pagamento de parte dos precatórios devidos pela União em 2022. Pelos cálculos do Tesouro, isso permitirá uma folga de R$ 43,8 bilhões.