Agropecuária 28 de maio de 2015
Crédito para Consumidor cresceu em linhas mais caras, avalia economista
Esse fato se deve à maior dificuldade imposta pelas instituições financeiras em conceder crédito em outras linhas dado o aumento do risco de inadimplência.
O juro médio total cobrado no Cartão de Crédito subiu 2,3 pontos porcentuais de março para abril, conforme informou nesta quarta-feira, 27, o Banco Central. Com a alta na margem, a taxa passou de 79,1% ao ano em março para 81,4% ao ano no mês passado.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial.
Atingiu a marca de 347,5% ao ano em Abril ante 345,8% de março, uma alta de 1,7 ponto porcentual na margem. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro aumentou 3,1 pontos de março para abril, passando de 111,5% ao ano para 114,6% ao ano.
As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 5,1% no mês, de 8,5% no quadrimestre e de 26,1% em 12 meses até abril. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 1,4% ante o mês anterior, 6,4% no quadrimestre e 26,3% em 12 meses até abril.
Veículos
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de março para abril. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 177,662 bilhões no mês passado – em março o volume foi de R$ 179,570 bilhões. De janeiro a abril deste ano, a queda nesse tipo de crédito é de 3,5% e, em 12 meses até o mês passado, de 6,0%.
As concessões acumuladas em abril para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 6,537 bilhões, o que representa uma baixa de 10,7% em relação ao mês anterior (R$ 7,321 bilhões). No quadrimestre, a queda desse segmento foi de 7,6% e, em 12 meses, de 1,3%.
Setores
De acordo com o BC, houve queda do estoque de crédito em abril nos três setores de atividade: agropecuária, indústria e serviços. Desde janeiro, o BC passou a divulgar estas informações.
O crédito para o setor de serviços ficou em R$ 812,150 bilhões em abril e teve uma queda de 0,2% na comparação com março. Dentro desse setor, o segmento de transportes puxou a baixa, com retração de 2% no período e ficou em R$ 158,022 bilhões no mês passado. Em comércio, houve alta de 0,3%, com o montante de recursos chegando a R$ 298,006 bilhões. Na administração pública, houve alta de 0,3% para R$ 104,605 bilhões. A categoria “outros” ficou estável em R$ 251,517 bilhões.
Para a indústria, o crédito recuou 0,3% em abril, na margem, para R$ 743,621 bilhões. O segmento que mais foi prejudicado foi o da extrativa, com queda de 2,1%, com um total de R$ 38,467 bilhões. A indústria de transformação recuou 0,5% para R$ 448,411 bilhões. Já os serviços industriais de utilidade pública (SIUP) registraram aumento do crédito de 0,7% no mês passado, para R$ 144,594 bilhões. No caso da construção, houve uma queda de 0,5% em abril, para R$ 112,150 bilhões.
Para o setor agropecuário, o crédito minguou 1,1 % em abril ante março e ficou em R$ 23,951 bilhões. Além dos três setores, o Banco Central registrou queda de 7,3% em abril no estoque de crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados para R$ 34,604 bilhões.