O Paulo Guedes já declarou que o desempenho dos servidores tem que ser avaliado, e que isso estará previsto na reforma. De que forma vocês farão isso, já que pode abrir caminho para desligamentos?
A gente está montando um projeto específico para a parte de avaliação de desempenho. E mais do que a avaliação de desempenho, a gente considera fundamental fazer a gestão de desempenho, que é um pouco diferente. Pois trabalha com reconhecimento do servidor e dos funcionários que entregam resultados excepcionais ou são muito produtivos e importantes para a organização. No projeto também há a preocupação em dar oportunidades para que, aqueles que não estão entregando tudo que se esperava deles, possam apresentar, através de feedbacks constantes e dinâmicas que identifiquem onde ele é bom e onde pode melhorar para que os resultados, no final, sejam mais adequados.
Mas essa questão da avaliação permite a exoneração de quem não entregar resultado…
Em última instância, se responsabiliza quando, dadas as oportunidades, as pessoas não conseguiram entregar os resultados que se esperavam delas. É isso, na verdade, o que a Constituição prevê (mas não há regulamentação). Apenas quando houver reiterado desempenho insuficiente por parte do servidor haverá possibilidade de que ele seja desligado, mas é importante destacar que esse não é o enfoque da gestão de desempenho. A gestão pretende focar em reconhecer o servidor e, depois, dar oportunidade. E só em última instância, a responsabilização.