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Reajuste salarial e greve servidores federais

Geral 11 de junho de 2024

Fim da greve e novo acordo salarial?

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta segunda-feira (10) um acréscimo de R$ 400 milhões no orçamento de 2024 para universidades e institutos federais, além de um investimento de R$ 5,5 bilhões destinado a universidades e hospitais universitários. O anúncio ocorreu durante uma reunião com os reitores dessas instituições, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Camilo Santana destacou que “houve um compromisso de recompor o corte que foi feito em 2023”.

Os investimentos anunciados pelo ministro Camilo Santana nesta segunda-feira (10) não contemplam as demandas por reajuste salarial dos servidores técnico-administrativos e docentes, que estão em greve há cerca de dois meses.

Uma nova rodada de negociações está marcada para esta semana: na terça-feira (11), os servidores técnico-administrativos das universidades serão recebidos pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em Brasília; e na sexta-feira (14), será a vez dos docentes se reunirem com a pasta.

Os professores reivindicam uma recomposição salarial de 3,69% ainda em 2024, além de 9% em 2025 e 5,16% em 2026. Até o momento, o governo só concordou com os reajustes previstos para 2025 e 2026.

Representantes dos reitores pediram ao governo federal que avance nas negociações com os sindicatos de docentes para pôr fim à greve. “Suplicamos para que avance nas negociações para o fim da greve. É um movimento legítimo e justo, mas já está causando aumento da evasão escolar e prejudicando o cumprimento do calendário acadêmico”, afirmou Elias de Pádua Monteiro.

Ajuste Salarial em 2024

O Andes argumenta que a proposta do sindicato para um ajuste salarial em 2024 é financeiramente viável, pois não exige uma grande quantidade de recursos e não infringe as regras fiscais. Segundo Irenísia Oliveira, do Comando Local de Greve da Universidade Federal do Ceará (UFC), seriam necessários cerca de R$ 580 milhões para cobrir a inflação dos últimos doze meses. Ela destaca que, desse valor, pelo menos 27,5% retornariam ao governo por meio de arrecadação tributária.

Ela reforça que, considerando que quase um terço do valor retorna ao governo e também impulsiona a economia, o montante pedido é modesto em comparação com o orçamento federal de R$ 5,7 trilhões. Dada a economia em crescimento, é injusto que os trabalhadores da educação não recebam ao menos a reposição inflacionária após anos de salários congelados.

O ministro Camilo Santana comentou que não via necessidade de greve quando as paralisações começaram em abril. “Acredito que a greve é o último recurso, quando não há mais possibilidades de negociação”, disse ele. Ele também defendeu que o governo já concedeu um reajuste salarial no primeiro ano de gestão, após seis anos sem aumentos, e que novas negociações estão em andamento, com um anúncio previsto para terça-feira (11).

“Nós não podemos corrigir anos de defasagem salarial em pouco tempo, mas há um esforço significativo por parte do governo federal”, afirmou o ministro.

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