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Geral 25 de setembro de 2024

Negociações de aumento salarial dos servidores federais não foram suficientes!

Após um ano e meio de intensas negociações, as conversas entre o governo federal e os sindicatos de servidores públicos chegaram ao fim. A campanha nacional foi encerrada com o anúncio de que a União não tem mais espaço para contrapropostas. O resultado foi misto: embora tenha havido avanços nas conversas, após anos de silêncio entre as partes, os reajustes salariais e os planos de reestruturação de carreira não atingiram as expectativas.

Uma pesquisa conduzida pelo EXTRA, envolvendo 30 dos principais sindicatos federais, revelou que 28 deles consideram os acordos como soluções de curto prazo, indicando que novos diálogos serão necessários.

Os números ilustram a complexidade dessas negociações. Foram assinados 45 acSerordos, abrangendo 98,2% dos servidores federais. Entre os compromissos firmados está a garantia de que não haverá perdas salariais até 2026 e que as perdas acumuladas ao longo dos anos serão compensadas até o fim do terceiro mandato do presidente Lula. O impacto orçamentário para 2025 será de R$ 16 bilhões.

No entanto, sindicalistas destacaram falhas na condução do processo, criticando a desorganização do governo e a segmentação das pautas por carreira ao longo do tempo. Fábio Rosa, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências de Regulação, comentou que, nos próximos dois anos de governo, as pautas não-remuneratórias, focadas na reestruturação de carreiras, devem ser priorizadas.

Mônica Carneiro, diretora da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, apontou a disparidade nos reajustes, alegando que áreas com maiores remunerações foram favorecidas, enquanto servidores de categorias como PGPE, CPST e pensionistas foram deixados de lado. Ela criticou o que chamou de “elitização” do Estado, que enfraquece a unidade dos servidores.

Outros líderes sindicais, como Paulo César Régis de Souza e João Paulo Ribeiro, lamentaram a falta de transparência nas negociações e a pressa em fechar acordos com algumas categorias. O sentimento de frustração também foi compartilhado por João Domingos, que criticou a ausência de reajustes para aposentados.

O governo, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, defendeu que as negociações respeitaram os limites orçamentários e que grupos de trabalho serão criados para tratar das pautas não-remuneratórias.

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