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Geral 5 de outubro de 2020

Pesquisa feita com servidores federais foi fundamental para regras de teletrabalho

A pesquisa, feita a partir de uma parceria da Enap (Escola Nacional de Administração Pública) com o Center for Advanced Hindsight Government, do professor e economista Dan Ariely, nos Estados Unidos, ajudou o Ministério da Economia a desenhar a Instrução Normativa nº 65, que entrou em vigor em 1º de setembro. O estudo foi realizado com cerca de 45  mil trabalhadores diversos países da esfera privada e pública, (sendo 30 mil dos respondentes funcionários públicos brasileiros) e a mesma serviu como base para estabelecer regras a respeito do teletrabalho dos Servidores Federais.

 

“Todos foram tomados de surpresa e precisaram fazer uma virada de chave rápida. A gente tinha alguns órgãos que já utilizavam o teletrabalho, mas era exceção. Conseguimos manter o equilíbrio entre a prestação de serviço público e a proteção da vida dos servidores públicos federais”, conta o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart.

Um detalhe importante para elaboração do trabalho remoto foi a opinião dos servidores federais sobre o home office. “A pesquisa trouxe essa percepção do desejo de manter o trabalho remoto, parcial ou integralmente, mesmo quando se voltar à normalidade”, fala Lenhart.

 

A pesquisa feita com os servidores mostrou que 82% dos entrevistados gostariam de passar ao menos um dia da semana em esquema de teletrabalho. Cerca de dois terços (65%) dos trabalhadores responderam concordar com a frase “No futuro, vou pedir permissão para teletrabalho”.

As mudanças para servidores

 

O isolamento social devido ao Coronavírus  ajudou em dois pontos, segundo Lenhart: conhecer as ferramentas tecnológicas que já estavam à disposição, mas ainda não eram muito usadas; e entender como as pessoas percebem o trabalho remoto.

 

O fluxo de implementação foi simplificado e a possibilidade de trabalho remoto, antes apenas possível para servidores com cargo efetivo, foi estendida para comissionados, empregados públicos e temporários também.

 

Um dos critérios a ser observado para que o teletrabalho possa ser adotado é o resultado. Além do controle de jornada presencialmente, haverá a medição das entregas para o trabalho remoto. Os funcionários terão um plano de trabalho para cumprir e o desenvolvimento das metas será registrado em sistema. A avaliação acontecerá em até 40 dias e com escala de 0 a 10. Para garantir transparência, as informações serão disponibilizadas em um portal e atualizadas semanalmente.

“Atualmente, mais de 90% dos servidores de instituições de ensino superior estão em trabalho remoto e eles vão voltar a trabalhar presencialmente, devido a natureza da atividade. Nas demais áreas, 46,89% estão em trabalho remoto. Muitas atividades não podem ser por teletrabalho, como a de policiais rodoviários federais e profissionais da saúde, mas muito outras podem”, diz Lenhart.

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