A pesquisa, feita a partir de uma parceria da Enap (Escola Nacional de Administração Pública) com o Center for Advanced Hindsight Government, do professor e economista Dan Ariely, nos Estados Unidos, ajudou o Ministério da Economia a desenhar a Instrução Normativa nº 65, que entrou em vigor em 1º de setembro. O estudo foi realizado com cerca de 45 mil trabalhadores diversos países da esfera privada e pública, (sendo 30 mil dos respondentes funcionários públicos brasileiros) e a mesma serviu como base para estabelecer regras a respeito do teletrabalho dos Servidores Federais.
“Todos foram tomados de surpresa e precisaram fazer uma virada de chave rápida. A gente tinha alguns órgãos que já utilizavam o teletrabalho, mas era exceção. Conseguimos manter o equilíbrio entre a prestação de serviço público e a proteção da vida dos servidores públicos federais”, conta o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart.
Um detalhe importante para elaboração do trabalho remoto foi a opinião dos servidores federais sobre o home office. “A pesquisa trouxe essa percepção do desejo de manter o trabalho remoto, parcial ou integralmente, mesmo quando se voltar à normalidade”, fala Lenhart.
A pesquisa feita com os servidores mostrou que 82% dos entrevistados gostariam de passar ao menos um dia da semana em esquema de teletrabalho. Cerca de dois terços (65%) dos trabalhadores responderam concordar com a frase “No futuro, vou pedir permissão para teletrabalho”.