Geral 17 de março de 2015
Dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) apontam que a presença feminina no serviço público federal é predominante nas áreas ligadas ao setor social. Em 10 anos, o Executivo ganhou 64 mil novas servidoras.
A quantidade de servidoras em atividade no Poder Executivo Federal aumentou em 64 mil de 10 anos para cá. Em dezembro/2004, eram 219,2 mil; hoje são 283,3 mil. Verdade que ainda estão distantes de todas as conquistas almejadas, como o acesso a carreiras com as remunerações mais altas. Mas elas são sempre propositivas na forma de atuação e cada vez mais se destacam nos papéis que desempenham.
Coincidência ou não com o perfil que agrega maior sensibilidade para lidar com políticas públicas, a presença feminina se concentra nas áreas de governo envolvidas com o tema social. As mulheres se dedicam em massa aos programas e serviços dos setores da Educação, da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social.
Na divisão por área, os cargos efetivos femininos estão distribuídos em Social (74,85%); Desenvolvimento Econômico e Produtivo (12,46%); Articulação Governamental (9,66%); e Infraestrutura (3,03%).
No cenário atual, os homens ainda predominam no serviço público. As servidoras correspondem a 45,2% do total de 626.797 servidores federais civis ativos. Os do sexo masculino são 343,4 mil. Essa situação se inverte somente em duas unidades da Federação, onde as mulheres são numericamente superiores. No Amapá são 4.728 ante 4.277 homens; e em Roraima, 4.612 mulheres ante 3.630 homens. O Rio de Janeiro é o estado em que mais aproximam os sexos, do ponto de vista numérico. São 51.433 servidores e 51.330 servidoras em atividade nos órgãos federais.
Nas carreiras mais atrativas do serviço público – aquelas cuja remuneração é paga por subsídio, ou seja, em parcela única – a força de trabalho feminina tem participação média de 26,7%. Nesse universo, há maior presença de mulheres nas carreiras de Oficial e de Assistente de Chancelaria e nas áreas Jurídica e de Auditoria.
Os concursos públicos têm oxigenado a máquina do Executivo e as novas servidoras contratadas têm influenciado essa renovação. A maioria do efetivo feminino (49,10%) tem somente 10 anos de casa. Mas, em termos de idade, as mais jovens – com até 20 anos – são minoria (0,11%) perante aquelas na faixa entre 31 e 55 anos.
A experiência se alia a bons índices de escolaridade. As servidoras pertencem a um contingente cada vez mais qualificado. A maioria delas (51,82%) tem ensino superior. As que possuem mestrado somam 3% e as com doutorado estão em 1,83%.
Falta pouco para as mulheres terem um equilíbrio de posições com os homens em relação à ocupação dos cargos comissionados e funções de confiança na administração pública. Atualmente, estão em 43,4% dos cargos e funções.