O governo do atual presidente da República planeja injetar R$ 90 bilhões no caixa via aprovação da PEC dos Precatórios no Congresso Nacional e pode garantir reajuste salarial para servidores públicos federais. A afirmação foi feita pelo próprio presidente Jair Bolsonaro após participar de um evento no Bahrein.
Bolsonaro falou sobre aumento de salário. Porém, o primeiro objetivo dessa verba seria para bancar o programa substituto do extinto Bolsa Família, o Auxílio Brasil de R$ 400. O Ministério da Economia informou que irá se manifestar sobre o assunto.
Presente no Golfo Pérsico, Bolsonaro afirmou que a aprovação da PEC beneficiaria “todos” os funcionários públicos, “sem exceção”.
— A inflação chegou a dois dígitos. Então, conversei com (o ministro da Economia) Paulo Guedes. Em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que nós podemos dar. Todos os servidores federais, sem exceção — afirmou.
Buscando apoio para aprovação da PEC dos Precatórios, o ministro da Cidadania licenciado João Roma, afirmou que o reajuste salarial não está no “elenco” da PEC dos Precatórios.
Ao circular pelo Senado, Roma busca sensibilizar os senadores a aprovarem a matéria ainda em novembro com o intuito de viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.
Equipe econômica não concorda
O cálculo que tem sido utilizado no governo é o de que um reajuste de 5% para o funcionalismo público federal teria um impacto de R$ 15 bilhões. Já um aumento de 10%, suficiente para aproximar o reajuste da inflação acumulada nos últimos 12 meses, custaria quase o mesmo valor desembolsado para custear o extinto Bolsa Família: R$ 30 bilhões.