Buscando amenizar as demandas e solicitações de aumento salarial de diversas categorias, o reajuste de benefícios poderia ultrapassar o limite de R$ 1,7 bilhão destinada a essa finalidade no Orçamento de 2022. Levantamento realizado pelo EXTRA apontou que, apenas com a recomposição pela inflação acumulada desde o último reajuste, o governo teria que destinar no mínimo R$ 3,23 bilhões para sustentar os aumentos nos principais benefícios a servidores e empregados civis da ativa.
A discussão foi iniciada junto a equipe econômica nos últimos dias, como apresentou o jornal Folha de S. Paulo. A medida buscava contornar as demandas e pressões por aumento salarial por servidores públicos federais, iniciadas depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar reajustes a policiais federais, rodoviários federais e penitenciários federais, visto como busca de apoio às bases eleitorais.
Mesmo com a possibilidade da estratégia, a conta fiscal não fecha. Os valores dos principais benefícios estão defasados. A quantia paga de auxílio-alimentação (R$ 458), auxílio-creche (R$ 321) e auxílio natalidade e funeral tiveram sua última atualização em janeiro de 2016. Já o auxílio-saúde, que custa aproximadamente R$ 144,49, foi corrigido em abril de 2019. No ano de 2021, a União gastou R$ 8,8 bilhões com as gratificações de servidores e empregados civis da ativa.