O governo do presidente Jair Bolsonaro avalia realizar um reajuste salarial de 5% para todos os servidores federais a partir de julho, em pleno ano presidencial.
A medida teria impacto de R$ 5 bilhões neste ano, segundo técnicos da equipe econômica. A data limite para a adoção da medida é 30 de junho por conta da Lei Eleitoral e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) , segundo o entendimento do governo.
O reajuste, porém, teria um impacto permanente, já se torna uma despesa obrigatória de caráter contínuo. Ou seja, mesmo que o impacto for limitado a R$ 5 bilhões ainda esse ano, ele tende a ser maior nos próximos. Isso considerando que só haveria um salário majorado durante seis meses de 2022, porém durante o ano inteiro nos demais anos.
As conversas permanecem em nível de ministros e a decisão final será do presidente, informou um técnico.
Secretário defende reajuste em benefícios
Depois de divulgar a informação sobre a possibilidade de um reajuste linear para servidores e diante da dificuldade orçamentária, o chefe da assessoria de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, defendeu um aumento do vale-alimentação para todo o funcionalismo no lugar da recomposição salarial.
“No orçamento existe uma previsão de R$ 1,7 bi para reajuste salarial de servidores públicos, valor máximo de que dispomos. Aumentar o ticket alimentação para todos num valor que caiba dentro dos R$ 1,7 bi ajudando proporcionalmente mais quem ganha menos me parece a melhor solução”, disse sem informar qual valor defende para o reajuste.