O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reunirá novamente nesta quarta-feira (8) para definir a taxa básica de juros da economia.
Especialistas do mercado financeiro preveem o sétimo aumento seguido da Selic, passando de 7,75% para 9,25% ao ano.
Se alta prevista for de fato realizada, a taxa Selic atingirá o maior patamar em pouco mais de quatro anos — em julho de 2017, estava em 10,25% ao ano. A decisão será anunciada ainda hoje após as 18h.
A previsão do mercado é que a taxa continue subindo nos próximos meses, atingindo 11,25% ao final do ano de 2022.
Inflação
Na prévia de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, ficou em 1,17%. Esta foi a maior taxa para o período desde 2002. Em 12 meses, a inflação atingiu o patamar de dois dígitos: 10,73%, a mais alta desde fevereiro de 2016.
Segundo levantamento feito pelo Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV), mais da metade da inflação, neste ano, é resultado da disparada dos combustíveis, carne e energia. Esses itens são apontados como maior peso no bolso do brasileiro e na inflação.
O mercado financeiro ainda estima que a inflação medida pelo IPCA somará 10,18% neste ano, mais do que o dobro da meta central (7,5%) e acima do teto de 5,25% do sistema de metas. Para 2022, a previsão de inflação do mercado está em 5,02%, acima do teto do sistema de metas pelo segundo ano consecutivo.