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Geral 8 de dezembro de 2021

Reunião da Copom prevê novo aumento na alta na taxa SELIC

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reunirá novamente nesta quarta-feira (8) para definir a taxa básica de juros da economia.

Especialistas do mercado financeiro preveem o sétimo aumento seguido da Selic, passando de 7,75% para 9,25% ao ano.

Se alta prevista for de fato realizada, a taxa Selic atingirá o maior patamar em pouco mais de quatro anos — em julho de 2017, estava em 10,25% ao ano. A decisão será anunciada ainda hoje após as 18h.

 

A previsão do mercado é que a taxa continue subindo nos próximos meses, atingindo 11,25% ao final do ano de 2022.

 

Inflação

Na prévia de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, ficou em 1,17%. Esta foi a maior taxa para o período desde 2002. Em 12 meses, a inflação atingiu o patamar de dois dígitos: 10,73%, a mais alta desde fevereiro de 2016.

Segundo levantamento feito pelo Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV), mais da metade da inflação, neste ano, é resultado da disparada dos combustíveis, carne e energia. Esses itens são apontados como maior peso no bolso do brasileiro e na inflação.

O mercado financeiro ainda estima que a inflação medida pelo IPCA somará 10,18% neste ano, mais do que o dobro da meta central (7,5%) e acima do teto de 5,25% do sistema de metas. Para 2022, a previsão de inflação do mercado está em 5,02%, acima do teto do sistema de metas pelo segundo ano consecutivo.

Consequências da alta dos juros

De acordo com economistas, o aumento do juro básico da economia, trará diversos reflexos na economia. Veja abaixo os principais:

 

  • Elevação da taxa de juros, o aumento do juro básico da economia, já está refletindo em taxas bancárias maiores, fazendo com que novos aumentos também sejam repassados aos clientes. Em outubro, a taxa média dos bancos foi a maior desde março de 2020. Além do juro básico, o aumento do IOF anunciado pelo governo também impacta o custo final dos empréstimos.

 

  • O aumento da taxa de juros influencia negativamente no consumo da população e os investimentos produtivos, impactando, assim, o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

 

  • Aumento da taxa básica da economia gera uma despesa extra com juros da dívida pública. Gabriel Leal de Barros, da RPS Capital, calculou que o ciclo de alta da Selic de 2% ao ano, em março de 2021, para 9,25% ao ano, se confirmada, geraria uma despesa adicional de quase de R$ 240 bilhões com juros da dívida (em 12 meses).

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