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Geral 18 de junho de 2015

Em crise, Hospital São Paulo suspende internações nesta quinta

Hospital está superlotado e enfrenta grave crise financeira.
Pacientes foram acomodados em cadeiras e macas nos corredores.

O Hospital São Paulo, na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista, suspendeu internações que não são de emergência a partir desta quinta-feira (18). Referência em atendimento de alta complexidade, o hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) enfrenta uma grave crise financeira e está superlotado.

O hospital afirma que fará avaliações diárias para determinar o retorno das internações programadas. Uma faixa na porta avisa que apenas os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos na unidade e, no pronto-socorro, dezenas de pacientes foram acomodados em cadeiras e macas nos corredores.

Referência em atendimento de alta complexidade, o centro médico tem capacidade para 300 pacientes, mas atende, em média, 900 pessoas por dia. De acordo com o Hospital São Paulo, a grave situação orçamentária e a greve dos Servidores Públicos Federais ocasionou a redução do quadro de pessoal, diminuindo a capacidade da unidade de internação.

A direção divulgou um comunicado aos médicos-professores dizendo que as cirurgias que não são de urgência ou de emergência seriam suspensas também a partir desta quinta.
Sidney Gomes está há quase uma semana internado para uma cirurgia no pé. O paciente é diabético e diz que tem medo de contrair uma infecção no hospital. “Se você está bom, sai com outra coisa”, reclamou.

A jornalista Mara Palme levou a mãe com o fêmur quebrado na semana passada. A idosa ficou um dia no corredor e pegou uma pneumonia. “Ela entrou aqui lúcida. Ela não está mais lúcida e continua não tendo UTI para ela”, disse.

Em outubro de 2014, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que é responsável pela unidade, requisitou R$ 2,5 milhões a mais por mês para conseguir manter o hospital. Parte do dinheiro foi enviada pela Secretaria Estadual da Saúde e pelo Ministério da Saúde, mas não foi o suficiente para sanar os problemas.

Segundo informou o hospital, há negociações em andamento com o Ministério da Educação/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os gestores locais para equacionar essa condição.

Fonte:  G1  São Paulo

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