Geral 27 de maio de 2025
Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que concede reajuste salarial para diversas carreiras do Executivo federal. Agora, a proposta segue para análise no Senado Federal — e a expectativa entre os servidores públicos é grande.
O projeto prevê um reajuste de 9% a partir de 2025 e mais 9% em 2026, conforme acordos firmados com o Ministério da Gestão e Inovação. O impacto será sentido por cerca de 1,1 milhão de servidores ativos, aposentados e pensionistas, além de reestruturar carreiras e criar novas tabelas salariais para diversas categorias.
Muito mais do que um simples aumento. A proposta em debate também reestrutura carreiras transversais (como as de analista técnico-administrativo, técnico de gestão governamental, entre outras) e transforma cargos considerados obsoletos. Há também reajustes mais expressivos para cargos de livre nomeação, com aumentos escalonados que podem chegar a 69% até 2026.
Esses pontos devem atrair discussões acaloradas no Senado, especialmente no que diz respeito à isonomia entre os servidores e à responsabilidade fiscal do governo.
Do lado de cá, acompanhamos atentos: o servidor não pode mais ser tratado como linha de corte nas contas públicas. Há anos os salários públicos estão defasados frente à inflação e à crescente complexidade das funções. Valorização é mais do que reajuste — é reconhecimento, formação, carreira sólida e estabilidade institucional.
Mas também é verdade que o momento exige cautela. Reajustes precisam vir acompanhados de transparência, responsabilidade e justiça na distribuição. Não faz sentido premiar apenas cargos de confiança e deixar a base da máquina pública à míngua.
Com a proximidade das eleições municipais e os olhos voltados para 2026, o ambiente político é favorável para a aprovação. Mas o texto ainda pode sofrer alterações. Por isso, é fundamental que os servidores se mantenham atentos, mobilizados e bem informados.
Aqui no Blog do Sr. Siape, continuaremos acompanhando cada passo desse projeto. Afinal, o futuro do serviço público passa por decisões como essa — e cada servidor merece ter voz nesse debate.