Geral 26 de maio de 2015
Os Servidores Federais aprovaram por unanimidade a paralisação de 24 horas no dia 29 Foto: Jesus Carlos
Os Servidores Federais do Judiciário Federal realizaram assembleia geral neste sábado, dia 23, e decidiram paralisar as atividades, por 24 horas, na sexta-feira, dia 29, na luta pela aprovação do PLC 28, contra o Ajuste Fiscal, que inclui as MPs 664 e 665 e contra o projeto das terceirizações.
A paralisação é parte do calendário aprovado na reunião ampliada da Fenajufe, ocorrida nos dias 16 e 17 de maio. Na luta pela aprovação do projeto salarial dos Servidores Federais do Judiciário (PLC 28), o calendário conta ainda com o indicativo de greve nacional do Judiciário para o dia 10 de junho.
O corte orçamentário com que o Governo Dilma Rousseff (PT) pretende garantir o pagamento da Dívida Pública ameaça a recomposição dos salários prevista no PLC 28/2015, em tramitação no Senado. Os Servidores Federais estão com salários congelados há nove anos.
Por isso, os Servidores Federais defendem a paralisação para forçar a aprovação. Tauff Ganem, Servidor da Justiça Trabalhista da Barra Funda, acredita a categoria tem que estar na luta para garantir o reajuste salarial. “Existe uma disposição de luta da nossa categoria e a única possibilidade de sairmos vitoriosos é com mobilização e greve, por isso temos que paralisar no dia 29”, afirma.
Ainda no dia 29, os Servidores Federais realizarão uma nova assembleia geral, para avaliar o restante do calendário da Fenajufe e o indicativo de greve. A assembleia acontece no Fórum Pedro Lessa, na Avenida Paulista, a partir das 14h. Ao longo da semana, acontecerão assembleias setoriais.
Após a assembleia, os Servidores Federais vão se unir ao Ato Unificado de Dia Nacional de Paralisação e Manifestações rumo à Greve Geral, chamado pelas centrais sindicais contra o ajuste fiscal do PT e o Projeto de Lei das terceirizações. A concentração será realizada no vão do Masp, também na Avenida Paulista.
Para a Diretora do sindicato Inês Leal, é muito importante unificar as lutas com outras categorias no dia 29. “Existe uma disposição de luta geral que contagia nossa categoria também. Sabemos que não vai ser fácil conseguir o nosso reajuste, diante da crise e do projeto econômico que o Governo Federal está aplicando, que só prejudica os trabalhadores e retira dinheiro das áreas sociais. Por isso, a unificação da nossa luta com outras categorias é muito importante, e o dia 29 é o primeiro passo para garantir a nossa vitória”, comenta.
Caravana à Brasília
Na próxima quarta-feira, dia 27, os Servidores Federais do Judiciário vão realizar Ato Nacional, em Brasília. O Ato também faz parte do calendário de mobilização aprovado na reunião ampliada da categoria. Os Servidores Federais vão exigir que o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, assuma a defesa do PLC 28.
O Ato acontecerá a partir das 15 horas, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Sintrajud levará uma caravana para participação no ato.
A caravana, em seguida, segue para o Senado Federal, onde acompanhará de perto a votação do PLC 28/2015. A proposta e pressionar os Senadores a aprovar o reajuste dos Servidores Federais do Judiciário Federal.
Logo após a manifestação, acontecerá uma reunião entre a executiva da Fenajufe e os diretores dos sindicatos filiados, para avaliar o calendário votado na reunião ampliada.
Solidariedade à greve dos professores
A assembleia votou ainda, por unanimidade, a doação de 50 cestas básicas, no valor de R$ 80,00, aos professores de Santo André, que estão em greve desde o dia 13 março, tiveram corte de ponto e enfrentam a intransigência do Governo Alckmin (PSDB), que se nega negociar qualquer reajuste e mantém a proposta de reajuste zero.
Além das cestas básicas, os Servidores Federais aprovaram uma moção de apoio à greve dos professores e repúdio à intransigência do Governador Geraldo Alckmin.
Em defesa da liberdade de organização dos trabalhadores do Metrô
Os Servidores Federais também decidiram que o Sintrajud assinará o Manifesto contra a intervenção do Estado na assembleia dos metroviários, impulsionado pelo Sindicato dos Advogados de São Paulo. O Manifesto também será apresentado para os Servidores Justiça do Trabalho de São Paulo JT para que estes assinem.
Isso ocorreu porque os trabalhadores metroviários aprovaram estado de greve, no dia 14, como parte da luta de sua campanha salarial e em resposta a intransigência do Governador Geraldo Alckmin (PSDB) que, assim como faz com os professores, nega-se a negociar.
O Metrô entrou com uma ação na justiça para barrar a organização dos trabalhadores.
Em decisão liminar, foi determinado que durante a greve, deverá ser garantido o funcionamento de 100% do metrô no horário de pico e 70% fora do horário de pico. Além disso, dois oficiais de justiça foram designados para acompanhar a assembleia da última quarta-feira, dia 20, e “apurar a conduta dos dirigentes sindicais”.
Esta é uma decisão que ataca o direito de organização e greve não só dos metroviários, mas de todos os trabalhadores do país.
Fonte: SINTRAJUD
