Geral 9 de maio de 2024
Servidores federais reunidos com secretários do Ministério da Gestão e Inovação estão “frustrados e decepcionados” com o desdobramento das negociações, lideradas por Esther Dweck.
Nos últimos dias, pelo menos três categorias tiveram encontros em mesas temporárias de negociação. Representantes das carreiras veem essas separações como uma tentativa de reestruturação.
“No entanto, o governo apresenta uma proposta padrão para todos. É frustrante. Parece que o governo está escolhendo carreiras para beneficiar. Educação e saúde, a base da pirâmide, recebem uma oferta padronizada”, desabafa Sérgio Ronaldo da Silva, da Confederação dos Trabalhadores Serviço Público Federal (Condsef).
O governo manteve a proposta de recomposição salarial para as categorias, com percentuais iguais aos do “carreirão” do Executivo: 9% e 3,5%, respectivamente para 2025 e 2026.
As categorias pediram um reajuste para 2024, mas o governo não atendeu. Sugeriu apenas um aumento para benefícios, como auxílio alimentação.
O SindPFA considerou o resultado decepcionante.
“O governo prometeu mesas específicas para discutir as distorções de cada categoria, mas trouxe a discussão da recomposição para elas e pasteurizou uma proposta única para todos, sem entrar nas especificidades”, critica João Daldegan, presidente do SindPFA.
“As categorias mais privilegiadas recebem maiores percentuais, favorecendo a ‘elite’ dos servidores federais”, completa.
Na próxima semana, haverá assembleias específicas para avaliar a proposta, com possibilidade de paralisações e greve. A orientação do Condsef é rejeitar as propostas apresentadas pelo governo esta semana.