O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos Gomes, declarou que os servidores não estão contra a ideia de uma reforma administrativa, mas não vê mudanças benéficas no texto da PEC.
“Defendemos uma reforma real, que aprimore a qualidade e oferte mais quantidade de serviço público, que capacite os agentes para responder, sobretudo, com uso de tecnologia”, pontuou.
Em sua opinião, o texto é um retrocesso para a administração pública. “Ele é uma antirreforma administrativa, e é coerente com esse novo modelo de Estado que pretende limpar o Brasil, que começou com a Reforma Trabalhista, depois da Previdência e agora essa”, declara.
O presidente da confederação entende que no texto há uma junção de mitos sobre a esfera pública, o que prejudica no avanço da qualidade do serviço oferecido aos cidadãos. “O texto está assentado no mito de inchaço do Estado, sendo que o Brasil tem o menor serviço público do mundo. Ao falar da América Latina, nosso país tem apenas 4% de administração pública, é menor que a do Paraguai e do Uruguai”, conta.