Turismo / Viagens 1 de maio de 2018
Em 1961, os alemães em Berlim acordaram com uma barreira que dividia as suas vidas. Um muro de fato foi construído, dividindo a cidade entre o lado comunista, dominado pelos russos e o capitalista, dominado por Inglaterra, França e Estados Unidos. O Muro de Berlim dividiu vidas – se você tivesse acordado de um lado do muro, e sua família, emprego ou namorada estivesse do outro lado, bom, era hora de arrumar uma nova vida. Na Bernauer Strasse você encontra um grande memorial na área onde a barreira foi construída. É possível reviver a aventura de quem morreu tentando fugir pelos túneis clandestinos. O memorial da Bernauer Strasse conta boa parte da história da Europa que aconteceu entre 1961 e 1989.
Na capital da Índia fica a casa onde vivia o líder da revolução pacífica, Mahatma Gandhi. Gandhi apostava na não-violência e na desobediência civil como formas de lutar contra a ocupação britânica no país. A favor da paz entre hindus e muçulmanos, ele também ajudou na divisão entre Índia e Paquistão. A sua casa foi transformada em museu e memorial. Lá, Gandhi foi assassinado por um indiano que era contra a criação do Paquistão. O museu conta a história de Gandhi desde seu nascimento até seu papel como líder de um país. No memorial, é possível acompanhar os últimos passos de líder, antes de levar os tiros em 1948.
O Palácio de Versalhes foi construído pelo Rei Luís XIII, mas teve mesmo seu apogeu com o absolutista Luís XIV, o rei Sol, em 1682. Mas toda riqueza e ostentação tem um preço, e esse preço foi pago duas gerações depois, quando Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta habitavam o palácio. A Revolução Francesa os arrancou de lá, em 1789. Na visita ao palácio é possível ver uma portinha por onde Antonieta supostamente tentou fugir. Mas a história não para por aí. Napoleão também morou em Versalhes. Anos depois, no mesmo palácio, o Tratado de Versalhes foi assinado por líderes mundiais depois do fim da Primeira Guerra Mundial, no Salão dos Espelhos.
O documento encerrou oficialmente o fim da guerra e definiu que a Alemanha deveria sofrer várias sanções por ter iniciado o conflito. Os efeitos econômicos do tratado foram tão devastadores para o país que acabaram criando terreno para a ascensão do poder dos nazistas e, consequentemente, a Segunda Guerra Mundial. Um lugar realmente muito especial, você não pode deixar de visitar!
Você talvez se lembre exatamente de onde estava em 11 de setembro de 2001, o ano em que o grande império do século 21 foi atacado. O choque dos aviões contra as Torres Gêmeas, símbolo de Nova York, abalou o mundo ocidental, criou um medo generalizado contra o terrorismo e, em consequência, deu início a duas guerras dos EUA contra países do Oriente Médio. Se a imagem dos aviões batendo nos prédios ainda é lembrança recente para muitos, quem visita NY hoje pode ir ao memorial onde ficavam as torres, o Marco Zero. Hoje, o local foi transformado em um complexo de edifícios: alguns deles já foram inaugurados e a torre mais alta, assim como um museu relembrando as vítimas, deve ser concluída em 2014.
Ninguém tem dúvidas: o Holocausto foi um dos episódios mais terríveis da história da humanidade. Durante a ascensão ao poder, os nazistas construíram campos de concentração que serviriam, a princípio, para colocar seus inimigos políticos. Mas tais lugares acabaram se tornando campos de extermínio para quem quer que os nazistas quisessem eliminar, principalmente os judeus. Auschwitz, na Polônia, foi o campo de concentração que mais recebeu prisioneiros. Era tão grande que se dividia em três áreas: I, II e III. Mais de 1 milhão de pessoas morreram lá. Hoje, o campo de concentração é um memorial, onde só é possível fazer visitas guiadas.
No Cabo da Boa Esperança não tem nenhuma construção, além de uma bela vista e um parque nacional cheio de bichos selvagens, como focas, pinguins e babuínos. Mesmo assim, um dos pontos mais ao sul do continente africano, divisa entre os Oceanos Índico e Atlântico, o cabo mudou a história do mundo. Afinal, foi só depois que o Cabo da Boa Esperança conseguiu ser circulado pelo comandante Bartolomeu Dias, em 1488, que o caminho para as Índias foi descoberto e a América, como consequência. O nome do local, dado pelos primeiros navegadores que o avistaram, foi Cabo das Tormentas, devido à quantidade de tempestades que Dias e sua nau passaram para chegar até ali. Porém, o rei português ficou tão feliz com a conquista que mudou o nome para Boa Esperança.
Construída em 1078, a Torre de Londres acompanhou a história de uma das cidades mais importantes do mundo desde o período medieval até a era contemporânea. Foi ali, por exemplo, que Ana Bolena, a segunda esposa do Rei Henrique VIII, foi decapitada. Dizem que seu espírito vaga pelos corredores, com a cabeça na mão. Além de assassinatos, prisões, conspirações e guerras, a Torre de Londres foi residência real até o governo de Oliver Cromwell, entre 1640 e 1649, foi zoológico e hoje guarda as joias da coroa. A visita aos prédios conta as histórias dos governantes, serviçais, prisioneiros e traidores, figuras históricas interessantes. Vale a pena conferir os corvos que ficam nos jardins. Diz uma lenda que quando todos os corvos da torre sumirem, o Reino Britânico cairá.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral e as caravelas portuguesas chegaram ao Brasil, na região em que hoje fica a Bahia, próxima à cidade de Porto Seguro. Eles desceram, fizeram contatos com os índios, rezaram missa, ficaram 12 dias e embarcaram de novo, partindo para a Índia. E então o Brasil estava oficialmente descoberto. Hoje, você pode visitar o Marco do Descobrimento e ver o local onde a história dessa terra se cruzou com a dos portugueses.
Entre as ditaduras na América do Sul, a chilena foi uma das mais violentas. Por isso, na capital do país, Santiago, é possível encontrar vários prédios que revelam um pouco dessa história. A Plaza de La Constituicion, por exemplo, foi o palco do golpe. Apoiados pelos Estados Unidos, os militares chilenos bombardearam o Palácio La Moneda, que fica na praça e até hoje é sede do governo. O presidente na época, Salvador Allende, estava lá dentro. Na praça, hoje em dia, existe um memorial para o ex-presidente deposto. Próximo à praça também está o Museu Histórico Nacional, que conta a história do golpe de 1973.
Em 4 de junho de 1989, a terceira maior praça pública do mundo, em Pequim, na China, foi palco de um confronto violento entre estudantes que protestavam e o governo chinês, que enviou tanques de guerra para combater os manifestantes. Segundo a Cruz Vermelha, quase 3 mil pessoas morreram na ação. A imagem de um jovem sozinho impedindo os tanques de se moverem correu o mundo. A Praça da Paz Celestial ou Tian’anmen ainda é assunto polêmico na China. Por exemplo, as buscas no Google sobre o assunto na China são censuradas. E no dia 4 de junho, a concentração de militares aumenta muito na praça, para evitar qualquer outro tipo de manifestação.
Estes lugares são especiais e cheios de histórias! Você precisa conhecer de pertinho!
Desejamos um excelente terça-feira à todos! Tenham um ótimo feriado!
Boa viagem 🙂
Fonte: Super interessante