A Câmara dos Deputados vota ainda nessa semana, em caráter de urgência, proposta do Senado que é contra os chamados “supersalários” no serviço público (projeto de lei 6727/16). A análise do texto é fundamental para ajudar a acelerar a reforma administrativa (PEC 32), que tramita na comissão especial da Casa.
O deputado Rubens Bueno (PR), relator do PL 6726, declarou na última quarta-feira (7) que a medida poderá trazer uma economia de até R$ 10 bilhões. “Existe um estudo do Senado que prevê economia de até R$ 10 bilhões, considerando também os gastos de estados e municípios”, afirmou. Até o momento, a estimativa era de um impacto de R$ 2,3 bilhões — os cálculos só eram referentes à União.
O projeto do Senado regulamenta o teto constitucional do funcionalismo público, englobando servidores civis, membros dos Poderes (magistrados e parlamentares) e do Ministério Público e militares, definindo também quais pagamentos ficarão de fora desse limite — atualmente, são um terço de férias e ressarcimentos de despesas médicas, entre outras.
O teto remuneratório em âmbito federal pode chegar à R$ 39,3 mil, sendo que não há padronização nos estados e municípios — o que será resolvido pelo texto.
O relator da reforma administrativa na comissão especial, deputado Arthur de Oliveira Maia (DEM-BA), e demais parlamentares vêm argumentando que não haverá como aprovar um texto que alterará as regras de todos os servidores sem antes o Parlamento apreciar o ‘extrateto’.