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servidores federais protestam

Geral 18 de abril de 2024

Servidores Federais protestam na Esplanada!

Na última quarta-feira (17/4), uma mobilização liderada por centrais sindicais e representantes do serviço público federal atraiu participantes de todo o país para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O movimento, que teve início na Catedral Metropolitana, marchou em direção ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

O cerne das negociações entre governo e sindicatos gira em torno dos reajustes salariais. Enquanto as categorias pleiteiam um aumento de 22,71%, parcelado em três partes iguais ao longo de 2024, 2025 e 2026, o governo propõe um incremento de 19%, distribuído entre 9% concedidos em 2023 e dois reajustes de 4,5% nos anos seguintes. Para o corrente ano, o governo sugere a ausência de reajuste salarial.

A demanda por reajustes salariais no funcionalismo público foi expressa durante a manifestação, que contou com batuques, slogans e cânticos em defesa da valorização do serviço público. O grupo se deteve em frente ao prédio do MGI, no bloco K da Esplanada, onde políticos e líderes sindicais se pronunciaram.

“Solicitamos prioridade para os servidores, não podemos ser relegados a segundo plano. Estamos aqui, em Brasília, para promover um diálogo com o governo”, afirmou Sérgio Ronaldo, secretário geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), entidade que representa os sindicatos regionais de funcionários públicos.

Após seu discurso na manifestação, Sérgio Ronaldo ingressou no prédio do Ministério da Gestão em uma tentativa, infrutífera, de agendar uma reunião com a equipe da ministra Esther Dweck.

De acordo com Pedro Armengol, diretor da Condsef e colega de Sérgio Ronaldo, os servidores possuem novos argumentos a serem apresentados ao governo, incluindo uma proposta, já aprovada na Câmara e em debate no Senado, que alteraria o quadro fiscal e disponibilizaria R$ 15 bilhões para os cofres governamentais.

“Recentemente, a Câmara aprovou a liberação de R$ 15 bilhões. Portanto, entendemos que a justificativa do governo para não atender às demandas dos servidores não é financeira, visto que há recursos disponíveis. Trata-se, essencialmente, de uma questão política”, ressaltou o sindicalista.

Após a tentativa frustrada de agendar uma reunião com a equipe de Esther Dweck, os sindicalistas deixaram as imediações do Ministério da Gestão e Inovação com a expectativa de que a pasta se pronuncie sobre a possibilidade de um encontro futuro para discutir os reajustes salariais no serviço público.

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