Servidores Públicos Federais 4 de agosto de 2015
A greve de servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) chega à quinta semana. Ao todo, 54,5% das agências têm atendimento parcial e 17,8% estão fechadas, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Previdência Social. A mobilização afeta agências de todos os estados.
A pasta diz que 5.734 Servidores Federais (17,6% do total) aderiram ao movimento, que pede reajuste salarial de 27,5% imediato, com aumento gradual nos próximos quatro anos, além de melhorias nas condições de trabalho.
No fim da última semana, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) estimava uma adesão de aproximadamente 90%.
O Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, dividido em parcelas nos próximos anos, e as negociações ainda continuam.
Veja a situação nos estados:
ACRE
Com a greve, cerca de 300 atendimentos deixam de ser feitos diariamente no Acre, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Acre (Sindsep-AC). As sete agências e duas unidade de atendimentos do estado estão fechadas, o que configura a adesão de 100%. A informação foi confirmada pela administração e também pelo sindicato.
No dia 31 de julho, a categoria voltou a se reunir e optou por continuar a paralisação por tempo indeterminado. De acordo com o presidente do sindicato, Ângelo Augusto, as reivindicações ainda não foram atendidas pelo governo.
ALAGOAS
A greve dos Servidores Federais do INSS já dura 25 dias em Alagoas e atinge todas as agências do Órgão. Apenas 30% dos serviços foram mantidos. Segundo um balanço feito pela Previdência Social, 28 agências no estado estão funcionando parcialmente e oito estão paralisadas.
Segundo o sindicato da categoria, serviços de desbloqueio de salários e renovação de procuração funcionam normalmente, assim como o atendimento de perícia médica. Os segurados que estão com pagamento bloqueado também podem efetuar o desbloqueio nas agências do INSS.
AMAPÁ
Em greve desde o dia 14 de julho, os servidores da principal agência do INSS do Amapá, em Macapá, reduziram o atendimento ao público. Apenas 50% dos trabalhadores estão em atividade regular, segundo a Associação dos Servidores do INSS. A agência da capital concentra mais de 100 dos 135 funcionários do órgão no estado.
Por causa da paralisação, que segue o movimento nacional de greve, o INSS está realizando apenas atendimentos agendados, cerca de 30 por dia, enquanto em dias normais o fluxo gira em torno de 400 serviços.
AMAZONAS
Dez das 25 agências do estado aderiram à paralisação até a manhã desta terça, segundo o INSS. O Amazonas é, até agora, é um dos estados com menor adesão. De acordo com o balanço divulgado pelo órgão, as dez agências em greve estão parcialmente paralisadas.
BAHIA
A greve na Bahia completa 29 dias nesta terça-feira (4). A paralisação, que começou no dia 7 de julho, conta com adesão de 90% dos funcionários no estado, de acordo com estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Estado da Bahia (Sindprev-BA).
Na manhã desta terça-feira, os trabalhadores fizeram uma manifestação na porta da gerência do órgão no bairro do Comércio.
O coordenador do sindicato, Edvaldo Santa Rita, informa que todas as sete gerências do estado – em Salvador, Vitória da Conquista, Barreiras, Juazeiro, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Itabuna – estão praticamente paradas.
DISTRITO FEDERAL
De acordo com o Sindprev, que representa a categoria, todas as 19 agências da capital do país paralisaram as atividades. O sindicato informou que só estão sendo realizados atendimentos médicos e reagendamentos em algumas agências.
O INSS afirmou que nesta segunda-feira três agências funcionaram parcialmente e cinco estavam totalmente sem funcionamento. Segundo o órgão, a principal agência do Distrito Federal, que fica no Plano Piloto, atende cerca de 850 pessoas por dia, mas durante a paralisação está fazendo 40 atendimentos diários.
ESPÍRITO SANTO
Servidores Federais do Espírito Santo, que estão em greve desde 16 de julho, foram ao Aeroporto de Vitória, na manhã desta terça-feira, pedir a intercessão de parlamentares junto ao governo para negociar as reivindicações.
Eles entregaram uma carta ao deputado federal Carlos Manato. “Queremos abir negociações concretas, porque ainda não colocaram nada no papel. O Manato disse que vai tentar ajudar”, disse o representante da direção do Sindiprev, William Aguiar
Ao todo, 23 agências estão paralisadas no estado, segundo o Sindiprev-ES. Já o balanço do INSS apontou que 12 agências estão com atendimento parcial e cinco totalmente paralisadas.
MARANHÃO
A greve segue sem previsão de término no Maranhão. A paralisação atinge 85% do total de 944 servidores no Maranhão, segundo sindicalistas. Das 43 agências em todo o Maranhão, servidores de 39 aderiram à greve.
Nesta terça-feira (4), a categoria realiza uma ação de atendimento voltado aos servidores e à população com uma unidade móvel instalada no Parque do Bom Menino, no Centro de São Luís. Na Região Metropolitana, os servidores de todas as agências, exceto os da Gerência Executiva do INSS, aderiram à paralisação.
Em cada uma das agências, pelo menos dois Servidores trabalham em regime de plantão para atender os casos considerados de maior urgência – como licença e salário-maternidade – ou reagendar os atendimentos previstos.
MATO GROSSO
Os servidores do INSS de Mato Grosso ocuparam o saguão do prédio da Receita Federal, na Avenida Juliano Costa Marques, em Cuiabá, na manhã desta terça-feira.
De acordo com Cleones Celestino Batista, do Sindsprev-MT, cerca de 600 pessoas participaram da manifestação.
Primeiro, os manifestantes fizeram uma mobilização na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, na capital, e depois, com cartazes e faixas com frases de protesto, seguiram em passeata para o prédio da Receita. “Vamos ficar um tempo aqui no saguão e depois voltaremos para a praça”, disse o representante dos trabalhadores no estado.
MATO GROSSO DO SUL
A assessoria do INSS informou que das 37 agências no estado, apenas quatro estão funcionando parcialmente e 1,5 mil pessoas estão ficando sem atendimento diariamente.
Conforme Anita Borba, integrante da comissão de greve, as perícias que estavam agendadas antes do início da greve estão sendo realizadas desde que o cadastro esteja em ordem. Em caso de novo agendamento, um servidor está à disposição nas agências que estão atendendo parcialmente para marcar. “O sistema que escolhe a data. Na rotina normal, geralmente o reagendamento é feito entre 30 e 60 dias”, afirmou Anita.
MINAS GERAIS
A greve dos servidores do INSS tem adesão de 85% da categoria em Minas Gerais, segundo o Sintsprev-MG. De acordo com Sérgio Andrade, do comando de greve do Sintsprev-MG, as negociações avançaram na última semana, quando servidores e governo federal se reuniram, mas ainda não houve um acordo.
“A gente só entende que haverá uma proposta quando houver algo por escrito. O governo ficou de entregar por escrito as propostas. Isso viabiliza discutir de maneira mais concreta”, afirmou Andrade.
No Norte de Minas, 15 agências estão operando parcialmente. Em Montes Claros, 119 Servidores Federais aderiram à greve. Antes da paralisação, cerca de 600 atendimentos eram realizados, em média, por mês na agência de Montes Claros. Agora, são feitos aproximadamente 100 mensais.
PARÁ
Foi feito um ato na manhã desta terça-feira (4), em Belém, para marcar o 28º dia de greve nacional da categoria. Trabalhadores fizeram um abraço simbólico no antigo prédio do INSS na Avenida Nazaré, que teve cinco dos 17 andares destruídos por um incêndio na madrugada do dia 1º de agosto de 2010.
De acordo com os dados do Sintprevs-PA, 16 das 41 agências do estado aderiram à paralisação da categoria e as demais têm atendimento parcial às demandas dos segurados. Segundo o INSS, 29 agências mantêm atendimento parcial e apenas uma paralisou as atividades no Pará.
PARAÍBA
A greve do INSS completa 23 dias na Paraíba. De acordo com o Sindsprev-PB, a paralisação é total em 10 agências do órgão em todo o estado e parcial em outras 26 unidades.
Segundo Vera Level, da diretoria do sindicato, a queda no número de atendimentos diários é de cerca de 85%, mas o sindicato não tem o número absoluto de pessoas que estão deixando de ser atendidas. Até a manhã desta terça, a greve não tinha previsão de ser encerrada.
PARANÁ
Apenas seis agências do INSS estão atendendo no estado nesta terça-feira (4), de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs-PR). O estado tem 74 agências, mas a maioria delas está fechada por causa da paralisação, que é nacional e começou no dia 7 de julho.
Uma assembleia está marcada para as 14h desta terça, em Curitiba. Apesar do encontro, o Sindprevs-PR informou que ainda não há uma previsão para o fim da paralisação.
RIO GRANDE DO NORTE
A greve dos servidores chega a 29 dias com adesão de 90% no Rio Grande do Norte. A informação é do Sindprevs-RN. Só estão sendo feitos atendimentos de serviços emergenciais.
Ainda de acordo com o Sindprevs-RN, são realizados 300 atendimentos, em média, por dia no estado. Dos 38 pontos de atendimento do estado, 30 estão fechados e oito funcionam parcialmente. Serviços como concessão de aposentadoria por tempo de serviço e pedido de seguro desemprego não estão sendo atendidos.
RIO GRANDE DO SUL
De acordo com balanço da assessoria de imprensa do INSS em Porto Alegre, 70% das 119 agências no estado prestam serviços parciais, já que os médicos peritos não entraram na paralisação. O restante das unidades continua com portas fechadas.
Conforme o diretor do Sindisprev-RS, atos serão organizados no decorrer dessa semana. “Pretendemos ir ao aeroporto para pressionar os deputados em viagem”, destacou Thiago Manfroi.
RONDÔNIA
Das 19 agências do INSS em Rondônia, 15 aderiram à paralisação nacional, conforme a assessoria do órgão. No estado, a greve teve início no último dia 20 de julho.
O Sindsprev-RO alega que 60% a 70% dos servidores no estado cruzaram os braços. Estão funcionando agências em Nova Mamoré, São Miguel do Guaporé, Nova Brasilândia D’Oeste e Presidente Médici.
Em Porto Velho, atendimentos marcados anteriormente estão sendo reagendados e cerca de 700 pessoas podem deixar de ser atendidas diariamente, segundo o sindicato.
O comando de greve em Roraima diz que três das quatro agências do estado participam da greve. As de Alto Alegre e Boa Vista estão parcialmente abertas, enquanto que a de Rorainópolis segue totalmente fechada. A agência de Caracaraí não aderiu à greve.
De acordo com o servidor Luis Fellipe Souza, o atendimento nas agências é feito de acordo com a “prioridade” de cada cliente. Os funcionários que não participam da greve atuam nos processos já abertos no INSS.
Conforme o gerente da agência de Boa Vista, Wesley de Paula, cerca de 360 atendimentos, entre agendados e não agendados, estão deixando de ser feitos só na capital por causa da greve.
SANTA CATARINA
Na manhã desta terça-feira, grevistas de Santa Catarina estiveram no aeroporto Hercilio Luz, em Florianópolis, para entregar aos parlamentares que estavam indo à Brasília uma carta de reivindicações. Apenas o senador Dario Berger (PSB) recebeu manifestantes.
No estado, a greve já chega ao 28º dia com cerca de 90% dos servidores paralisados, conforme o sindicato. A greve foi deflagrada em todo o país.
“Nós não temos nova assembleia marcada porque ainda não há nada por escrito sobre as melhorias trabalhistas. Muita coisa já foi negociada, mas sem ser documentado a proposta não vamos realizar nenhuma votação”, informou Luciano Veras, coordenador estadual do Sindprev-SC. Com isso, não há prazo de término da greve.
SÃO PAULO
Funcionários de agências do INSS na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e no Vale do Ribeira, no interior do Estado, continuam em greve nesta terça. As unidades de Guarujá, Itanhaém, São Vicente , Miracatu e Registro estão fechadas. As agências de Santos, Praia Grande e Cubatão funcionam de maneira parcial.
Na região de São Carlos, as agências de Porto Ferreira e Américo Brasiliense pararam completamente os serviços, enquanto outras oito cidades atendem somente as perícias agendadas, informou o Sinsprev.
De acordo com o sindicato, os municípios de Araraquara, São Carlos, Ibaté, Matão, Leme, Pirassununga, São José do Rio Pardo e Mococa mantêm apenas as atividades para as consultas programadas. Já em São João da Boa Vista, Aguaí, Casa Branca, Descalvado e Santa Cruz das Palmeiras não houve adesão ao movimento nacional.
A greve continua suspendendo serviços em Itaquaquecetuba, de acordo com o Sinsprev. “A unidade [de Itaquaquecetuba] atende perícia e alguns atendimentos agendados. Mas está com as portas fechadas para o público espontâneo”, explica a diretora do Sinsprev, Sueli Domingues.
SERGIPE
Cerca de 500 servidores do INSS estão em greve em Sergipe. A paralisação dos serviços acontece em todas as 19 agências do órgão, situadas em várias cidades do estado, onde 2,5 mil atendimentos deixam de serem feitos por dia.
Apenas as perícias médicas já agendadas há cerca de três meses estão sendo realizadas. Não há ato público dos grevistas previsto para hoje.
TOCANTINS
Das 12 agências no estado, apenas a de Porto Nacional e a de demandas jurídicas, em Palmas, funcionam normalmente, segundo a assessoria de comunicação do órgão e o comando de greve.
O representante dos grevistas no estado, Raliel Oliveira, contou que apenas em Arraias o atendimento está totalmente paralisado. Já as agências de Palmas, Araguaína, Gurupi, Tocantinópolis, Araguatins e Colinas do Tocantins, Paraíso do Tocantins, Miracema do Tocantins e Dianópolis estão atendendo parcialmente, por meio de agendamento.
Fonte: Estadão / G1 / Globo News / Band News