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Geral 10 de fevereiro de 2022

Presidente considera congelamento salário de servidores: “Menos traumático”

Na manhã desta terça-feira (8), realizando sua agenda em Salgueiro (PE, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre o congelamento dos salários dos servidores públicos, por consequência da pandemia, e disse que o governo federal adotou algumas medidas menos traumáticas para superar a crise.

“Tivemos dificuldades. Naquele momento, a proposta que veio do ex-presidente da Câmara [Rodrigo Maia] era cortar 25% o salário de todo mundo para poder enfrentar a pandemia. A outra proposta do nosso lado, porque algo amargo tinha que acontecer para atingir os nossos objetivos, foi congelar o salário por um ano e meio”, alegou o chefe do Executivo federal, no seu discurso na inauguração de um trecho da obra de transposição do rio São Francisco no município pernambucano. “Fizemos o menos traumático, fizemos o que foi possível fazer”, completou.

Com a pressão atual para conceder reajustes, o presidente tem dito que vai buscar atender servidores públicos federais no Orçamento de 2023. Em recado ao funcionalismo, o presidente solicita a compreensão quanto à situação que o país ainda está atravessando e sinalizou que o reajuste deverá vir apenas no próximo ano.

Em janeiro, Bolsonaro sancionou a verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores no Orçamento de 2022, mas não direcionou os recursos para categorias específicas. A efetivação do aumento salarial ainda dependerá de atos do Executivo.

Depois de o presidente ter feito promessas aos policiais, que compõem sua base eleitoral, outras categorias têm demandado reajustes mais amplos.

No discurso feito nesta terça, em tom de campanha eleitoral, Bolsonaro aproveitou para criticar gestões petistas e citou desvios de verba pública na Petrobras, Caixa Econômica Federal e no BNDES.

 

Agenda presidencial

 

Bolsonaro está cumprindo roteiro de dois dias pela Região Nordeste. O mandatário do país visita três unidades federativas: Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Depois de terminar seus compromissos no Salgueiro, Bolsonaro segue para Jati (CE), para vistoria da barragem Jati e visita às obras de retomada da liberação das águas para o Cinturão das Águas do Ceará. O empreendimento não recebe água do São Francisco desde maio de 2021, em decorrência de problemas na manutenção.

De Jati, o chefe do Executivo se dirige para o município de Caicó (RN), onde deve permanecer de terça para quarta-feira (9/2). O Rio Grande do Norte é o reduto eleitoral de dois de seus ministros: Rogério Marinho (PL), do Desenvolvimento Regional, e Fábio Faria (PSD), das Comunicações.

 

Na primeira agenda, Bolsonaro vai vistoriar as obras da Barragem de Oiticica, a porta de entrada das águas do São Francisco no estado. A estrutura vai restabelecer o abastecimento de 330 mil pessoas, em oito cidades potiguares.

 

Também será assinada uma nova ordem de serviço para a segunda etapa de obra de pavimentação na cidade de Jucurutu (RN); a nova estrutura interligará a sede do município ao distrito de Serra de João do Vale. Segundo o governo, o investimento deverá ficar em torno de R$ 6,9 milhões.

 

Na sequência, o presidente irá ao Jardim de Piranhas para acompanhar a chegada das águas do rio São Francisco ao Rio Grande do Norte. As obras desse trecho começaram há mais de 13 anos.

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