Na manhã desta terça-feira (8), realizando sua agenda em Salgueiro (PE, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre o congelamento dos salários dos servidores públicos, por consequência da pandemia, e disse que o governo federal adotou algumas medidas menos traumáticas para superar a crise.
“Tivemos dificuldades. Naquele momento, a proposta que veio do ex-presidente da Câmara [Rodrigo Maia] era cortar 25% o salário de todo mundo para poder enfrentar a pandemia. A outra proposta do nosso lado, porque algo amargo tinha que acontecer para atingir os nossos objetivos, foi congelar o salário por um ano e meio”, alegou o chefe do Executivo federal, no seu discurso na inauguração de um trecho da obra de transposição do rio São Francisco no município pernambucano. “Fizemos o menos traumático, fizemos o que foi possível fazer”, completou.
Com a pressão atual para conceder reajustes, o presidente tem dito que vai buscar atender servidores públicos federais no Orçamento de 2023. Em recado ao funcionalismo, o presidente solicita a compreensão quanto à situação que o país ainda está atravessando e sinalizou que o reajuste deverá vir apenas no próximo ano.
Em janeiro, Bolsonaro sancionou a verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores no Orçamento de 2022, mas não direcionou os recursos para categorias específicas. A efetivação do aumento salarial ainda dependerá de atos do Executivo.