Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a nova proposta inclui um reajuste de 9% concedido a todos os servidores federais no ano passado e uma progressão de 4% a partir de 2026. O reajuste final variará entre 25% e 44%, dependendo da classe e do nível na carreira.
“Além disso, é importante destacar que, assim como todos os servidores públicos federais, os TAEs receberam um reajuste de 118% no auxílio-alimentação, que passou para R$ 1 mil, e de 51% no auxílio-saúde e auxílio-creche”, informou o MGI em nota.
Recepção
Apesar do avanço, a reação dos sindicatos foi mista.
Gustavo Serefian criticou a postura do governo durante as negociações:
– Os anúncios de hoje são fruto da greve, que forçou o governo a mudar sua posição contrária a investimentos na educação federal. Os valores estão abaixo de nossas reivindicações, mas representam um avanço, uma vitória. A postura de Lula e Camilo Santana na reunião, porém, apenas confirma a atitude desrespeitosa e antidemocrática do governo em relação à greve e aos grevistas – afirmou.
Leewertton de Souza Marreiro, da Comissão Nacional de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), destacou a importância de a decisão final vir da base dos servidores: – Houve uma mudança na proposta e conquistas na reunião de hoje. Mas a base é quem vai decidir pela continuidade ou não da greve. Quem decide é a base – disse.
Avanços
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, destacou a evolução na oferta do governo:
– Do ponto de vista financeiro, a proposta ajustou os padrões, ou seja, os chamados steps, que é a evolução na carreira, do início ao final, de 3,9% para 4% em 2025, e de 4% em 2025 para 4,1% em 2026. Se agregarmos a isso os 9% [de reajuste] de 2023, estamos falando de reajustes que chegam a um pouco mais de 46%, portanto, uma boa proposta. Além disso, atendemos demandas como uma aceleração na progressão da carreira, que levava 22 anos e meio para chegar ao topo, reduzindo para 18 anos com uma proposta de padrões verticais, e que agora, com esta aceleração, pode chegar do início ao topo em 15 anos – explicou.