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Turismo / Viagens 7 de agosto de 2015

Belém, PA: o que fazer, o que visitar, o que comer na capital Paraense

Belém é uma das maiores cidades da Região Norte, com 1,5 milhão de habitantes. Fundada em 1616, a cidade surgiu pela importância estratégica com a construção do Forte do Presépio na margem da baía do Guajará, e cresceu graças à economia da borracha durante o período da Belle Époque, cuja influência pode ser percebida na arquitetura dos prédios do centro histórico.
Belém mistura a tradição bucólica que conquistou o poeta Mário de Andrade e modernidade frenética das luzes e ritmos das festas de aparelhagens. Para que visitante possa aproveitar as belezas desta cidade que está prestes a completar 400 anos, o G1 elaborou um roteiro de até cinco dias com as principais atrações da capital paraense. Confira:

Mercado do Ver-o-peso é uma das principais atrações de Belém (Foto: Oswaldo Forte / O Liberal)
Mercado do Ver-o-peso é uma das principais atrações de Belém (Foto: Oswaldo Forte / O Liberal)

Dia 1
O turista que visita Belém pela primeira vez não pode deixar de visitar os principais cartões postais da cidade – felizmente é possível fazer este roteiro a pé, permitindo que o visitante aprecie a paisagem da cidade durante sua caminhada.

Pela manhã a dica é visitar o mercado do Ver-o-peso. O mercado tem 388 anos de idade, e condensa cores e sabores da região – lá é possível experimentar frutas regionais, como o bacuri, o cupuaçu e o açaí, que é servido na tradição paraense: com farinha e peixe frito. O turista também pode entrar em contato com as superstições amazônicas no setor dos vendedores de ervas, homens e mulheres que receberam a tradição oral do preparo de banhos e infusões que, segundo a crença popular, podem atrair sorte, saúde, dinheiro e alegria no amor.

Estação das Docas Belém Pará (Foto: Fábio Costa/ Agência Pará)
Estação das Docas é uma das atrações de Belém
(Foto: Fábio Costa/ Agência Pará)

Saindo do Ver-o-peso, uma caminhada de cinco minutos pelo Boulevard Castilhos França leva o visitante até a Estação das Docas, um espaço construído nos anos 2000 para dar um novo significado ao antigo porto fluvial de Belém. Com lojas, bares e restaurantes, a estação permite que o turista aproveite a brisa do rio enquanto conhece a gastronomia e cultura do estado.

De noite, uma boa pedida é conhecer a cidade de forma diferente, olhando para Belém a partir do rio: os passeios fluviais saem de um porto na Estação das Docas em horários regulares, sempre às 17h30 e 20h.

Dica do G1: após o passeio de barco o visitante pode aproveitar o resto da noite nos bares da estação, provando cervejas artesanais e tira-gostos regionais, feitos com pato e caranguejo.

Interior da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (Foto: Ingrid Bico/G1)
Interior da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (Foto: Ingrid Bico/G1)

Dia 2
Uma das principais atrações de Belém é o Círio de Nazaré, um conjunto de romarias que acontecem em outubro cuja procissão principal, celebrada no segundo domingo do mês há 222 anos, reúne 2 milhões de pessoas. Seguir os passos da procissão permite que o visitante conheça uma parte importante da cultura de Belém, mesmo fora do período do Círio.

Pela manhã, o visitante deve ir até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, que fica na avenida de mesmo nome, no centro da cidade. Foi neste local que, segundo a tradição católica, havia um igarapé onde o caboclo Plácido encontrou a imagem de Nossa Senhora que deu inicio à devoção mariana do estado.  A igreja é conectada à Praça Santuário, local que marca o encerramento da procissão do Círio, e está perto de várias opções de lojas e restaurantes no centro da cidade.

Complexo Feliz Lusitânia faz parte das 2,8 mil construções de Belém fazem parte da área protegida pelo governo federal. (Foto: Oswaldo Forte/Amazônia Jornal)
Complexo Feliz Lusitânia foi onde Belém começou
(Foto: Oswaldo Forte/Amazônia Jornal)

Na parte da tarde, o turista pode se deslocar para a Praça Frei Caetano Brandão, no bairro da Cidade velha, conhecer duas atrações da cidade: a primeira é a Catedral Metropolitana, que foi construída pelo arquiteto italiano Antônio José Landi em 1755 e serve como ponto de partida para o Círio de Nazaré. Do outro lado da praça está a Igreja de Santo Alexandre, que abriga o Museu de Arte Sacra de Belém, que pode ser visitado de terça a sexta-feira de 10h a 18h, e aos sábados e domingos de 10h a 13h, mas permanece fechado nas segundas-feiras.

Após visitar o museu, o turista pode caminhar pelo Complexo Feliz Lusitânia, onde a cidade começou, e aproveitar a noite para conhecer o Forte do Presépio e a Casa das 11 Janelas, onde há um espaço para exposições de arte e uma bela vista para o rio.

Dica do G1: Além da tradição católica, Belém também é berço de religiões pentecostais. A Igreja-mãe da Assembléia de Deus foi fundada na cidade há 104 anos.

Da Ilha do Combu, é possível avistar quase toda a orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)
Da Ilha do Combu, é possível avistar quase toda a orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)

Dia 3
Além dos seus bairros mais conhecidos, Belém também é composta por 39 ilhas. Em seu terceiro dia de viagem, o turista deve aproveitar para conhecer esta parte insular da cidade. E o melhor lugar para começar esta jornada é a Praça Princesa Izabel, no Condor. Embora deteriorada, a praça é ponto de saída para a Ilha do Combu, um local onde é possível experimentar culinária rústica e banhos de rio longe do movimento da cidade.

Acesso aos restaurantes é feito de barco, que aportam em pequenos trapiches (Foto: Ingrid Bico/G1)
Acesso aos restaurantes é feito de barco, que
aportam em pequenos trapiches
(Foto: Ingrid Bico/G1)

A travessia custa um valor simbólico, mas só é feita quando os barcos atingem uma determinada lotação, que varia de barqueiro para barqueiro. A mesma coisa acontece na volta – é preciso que haja um pequeno grupo de pessoas dispostas a retornar para fazer a travessia, por isso é recomendado reservar o dia inteiro para o passeio.

Dica do G1: Viajantes sempre devem verificar as condições de segurança de barcos que fazem a travessia para o Combu, e só embarcar em transportes que disponham de equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas, e com o eixo do motor coberto para evitar acidentes.

Pôr-do-Sol na praia do Marahú, ilha de Mosqueiro, Pará (Foto: Rebeca Sarges de Lemos/VC no G1)
Pôr-do-Sol na Praia do Marahú, Ilha de Mosqueiro, Pará (Foto: Rebeca Sarges de Lemos/VC no G1)

Dia 4
Continuando o passeio pelas ilhas de Belém, outro roteiro interessante é a Ilha de Mosqueiro, distrito da cidade que ganhou apelido de “bucólico”. Para chegar até a ilha é preciso atravessar uma ponte que fica na rodovia PA-391. Chegando na ilha uma das atrações fica na Vila de Mosqueiro, onde diversas vendedoras comercializam cuscuz e tapioquinhas feitas na hora.

Tapioca Tapioquinha Mosqueiro Vila (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
Tapioquinha vendida na Vila de Mosqueiro é famosa
(Foto: Reprodução/ TV Liberal)

Com o estômago forrado, o visitante pode se dedicar a conhecer as praias de Mosqueiro, como o Chapéu Virado e o Murubira – locais de muita agitação durante os períodos de veraneio no mês de julho, feriados prolongados e férias de final de ano. As praias da ilha chamam a atenção pois, apesar de Mosqueiro não ser banhada pela água do mar, tem um litoral que apresenta ondas formadas pela marola do rio.

Dica do G1: Ônibus urbanos saem da Praça do Trabalhador, perto do termina rodoviário, com destino a mosqueiro. Quando chegar nas praias, não esqueça o protetor solar! Mesmo em dias nublados o banhista pode sair com queimaduras de sol.

Visitantes do museu Emílio Goeldi podem conhecer detalhes da flora amazônica, como a Vitória Régia (Foto: Igor Mota / Amazônia Jornal)
Visitantes do Museu Emílio Goeldi podem conhecer detalhes da flora amazônica, como a Vitória Régia (Foto: Igor Mota / Amazônia Jornal)

Dia 5
O último dia do visitante na cidade deve ser reservado para conhecer a riqueza de Belém, e o melhor lugar para começar esta caça ao tesouro é no Museu Paraense Emílio Goeldi. Criado em 1866, o museu é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia que estuda a cultura, natureza e sociedades da Amazônia. Além de ser um centro de referência de pesquisa e biodiversidade, o museu mantém um parque zoobotânico que ocupa um quarteirão entre as avenidas Magalhães Barata e Gentil Bittencourt.

O ingresso para o museu, que dá acesso ao parque e exposições permanentes, custa R$ 2, com meia entrada para crianças, estudantes com carteirinha e idosos. O local pode ser visitado de 9h a 17h.

Programação especial para a família acontece neste sábado (25), no Mangal das Garças (Foto: Marcelo Seabra/O Liberal)
Mangal tem atrações como viveiro de aves,
borboletário e orquidário
(Foto: Marcelo Seabra/O Liberal)

Dando continuidade ao passeio, o turista pode conhecer a riqueza mineral do Pará visitando o Museu de Gemas, que fica no complexo São José Liberto. Localizado na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas, o local foi inaugurado em outubro de 2002 em um prédio do século XVIII onde funcionava um presídio no centro da cidade. A ressignificação do espaço deu lugar ao museu e também ao polo joalheiro, onde são confeccionadas as coleções de biojóias dos artesãos paraenses. O museu pode ser visitado de terça a sábado, de 9h a 18h30, e nos domingos entre  10h e 18h.

Encerrando o tour, o visitante deve ir até a passagem Carneiro Rocha, no bairro da Cidade Velha. Lá fica o Mangal das Garças, um espaço público que serve de santuário para aves como flamingos, gaviões e garças. O local ainda tem restaurante, mirante, orquidário e um borboletário que também serve de vivieiro para beija-flores. O mangal fica aberto de terça a domingo, de 9h a 18h.

Dica do G1: O parque do Utinga, cujo acesso é pela Avenida João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga, é uma excelente pedida para quem gosta de fazer trilhas e pedalar. Porém o local está em obras, e só deve receber visitantes após o mês de outubro.

Vista aérea do Parque do Utinga, em Belém (Foto: Fernando Araújo/O Liberal)
Vista aérea do Parque do Utinga, em Belém (Foto: Fernando Araújo/O Liberal)

DICAS DO SR SIAPE:
– Os pratos típicos do Pará, como o tacacá, a maniçoba, o filhote e o açaí tradicional servido com peixe, camarão ou carne seca.
– Sucos e sorvetes de frutas como cupuaçu, bacuri e muruci.
– O cachorro quente vendido nos carrinhos espalhados nas esquinas. Ao contrário da maior parte do país, o “dogão” de Belém não é feito com salsicha: no pão vai carne moída temperada, maionese de repolho e batata palha.
– A cachaça de jambu, que deixa a boca amortecida.
– As vitaminas batidas com guaraná da Amazônia.

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Fonte:  G1

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