Levantamento do Ministério da Economia, feito a pedido do Metrópoles, mostra onde estão as vagas.
Servidores Públicos Federais 9 de julho de 2019
Levantamento do Ministério da Economia, feito a pedido do Metrópoles, mostra onde estão as vagas.
No quadro de funcionários do governo federal existem mais de 253 mil vagas em aberto. Apesar de essas vagas estarem espalhadas por diversos órgãos, o governo descarta qualquer concurso este ano. A conjuntura desagrada sindicatos, que falam em sucateamento dos serviços públicos.
Levantamento do Ministério da Economia, feito a pedido do Metrópoles, mostra que as maiores vacâncias são nos ministérios da Saúde (38,4 mil), Educação (36,1 mil), Economia (35,8 mil) e no Instituto Nacional do Seguro Social (22,7 mil). A base da pesquisa se refere a junho de 2019.
Para termos uma noção da defasagem, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas estão, atualmente, com cerca de 15 mil cargos vagos – ou seja, quase metade do quadro de pessoal civil de toda a estrutura da pasta.
O Ibama conta hoje com apenas 53% dos servidores de seu quadro ideal. Dos 5,4 mil funcionários previstos na legislação do órgão, o quadro conta com apenas 2,9 mil trabalhadores.
Cenário catastrófico
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) acredita que os cargos vagos “têm gerado um cenário catastrófico” no atendimento público para a população.
“Vários especialistas têm alertado que a ausência de investimentos no setor público é um dos indicadores mais potentes de que a economia está sendo afetada diretamente por esse cenário”, critica Sérgio Ronaldo, secretário-geral da entidade.
Versão oficial
De acordo com o Ministério da Economia, o governo pretende “otimizar a alocação da mão de obra por meio da movimentação de servidores”. “Além disso, a proposta do governo é modernizar a administração pública, tornando seus processos tecnologicos”, destaca o órgão, em nota.
Não há previsão de permissão para concursos em 2019. O governo federal poderá conceder novas autorizações, mas em caráter excepcional, por medida de absoluta necessidade da administração e desde que asseguradas as condições orçamentárias. “Os certames que serão realizados ainda este ano foram autorizados em 2018”, frisa o texto.
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