Enviada nesta terça-feira (31) ao Congresso Nacional, a proposta prevê a realização de novos concursos públicos, porém não haverá reajustes para servidores públicos na proposta de orçamento para 2022, conforme informado pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal.
No ano anterior, o governo havia autorizado reajustes apenas para os militares, em razão do processo de reestruturação das carreiras.
Para o restante dos servidores públicos, o último reajuste foi anunciado em 2018, pelo então presidente Michel Temer. No inicio, teria validade no ano de 2019, mas na época a equipe econômica firmou com Temer a reajustar os salários de 2020 em diante. Ocorreram aumentos escalonados em cinco anos.
Ainda em 2018, Michel Temer alegou que o reajuste teria sido autorizado anteriormente por Dilma Rousseff (PT), antes de sofrer o processo de impeachment, porém decidiu mantê-lo.
“Não tem previsão de reajuste [para servidores públicos]. O orçamento já está muito apertado. Tendo algum tipo de mudança por conta do precatório, vão ser definidas prioridades no orçamento. Não cabe agora a gente falar nisso”, informou o secretário Bruno Funchal.
O governo enviou a proposta de orçamento com valor integral de precatórios e sem nenhum reajuste do Bolsa Família, prevendo quase R$ 90 bilhões para essas despesas, mas procura abrir espaço para novas despesas com autorização prévia do Poder Judiciário.